Este artigo aborda a presença do racismo na sociedade e sua influência na formação de identidade das crianças, particularmente na Educação Infantil. O estudo ressalta que o racismo é um fenômeno estrutural que impacta várias esferas da vida, incluindo a educação. Os autores do referencial teórico, como Silvio Almeida, Eliane Cavalleiro e Heloísa Lima, destacam que ambientes escolares e materiais didáticos muitas vezes perpetuam representações negativas e estereotipadas da população negra, afetando a construção da autoimagem e da identidade das crianças. Eles enfatizam a importância de reexaminar o conteúdo desses materiais e espaços, além de capacitar educadores para reconhecer e combater o racismo nas escolas. A inclusão de representações positivas e a promoção de um discurso inclusivo são mencionadas como estratégias para desconstruir estereótipos e fortalecer a autoestima das crianças negras. A pesquisa seguiu uma abordagem teórica, com análise bibliográfica e fichamento dos materiais didáticos utilizados na Educação Infantil pelo sistema Mackenzie de Ensino e o Caderno do Professor, utilizado pelas escolas do Governo do Estado de São Paulo. Além disso, a pesquisa conta com um estudo de campo na EMEI Gabriel Prestes, de São Paulo, visando analisar os espaços e atividades realizadas. O objetivo foi identificar as representações raciais presentes nesses materiais e ambientes e compreender seu impacto na construção da identidade das crianças. Os resultados obtidos demonstraram a presença de estereótipos e a necessidade de adotar abordagens antirracistas, contribuindo para uma educação mais igualitária. Constatou-se também que representações positivas contribuem para a desconstrução de estereótipos. Compreendeu-se ser essencial um monitoramento contínuo e reflexão crítica constante para ampliar a diversidade racial.