Diante do cenário educacional no século XXI que busca igualdade e equidade para todos, são pertinentes as discussões acerca da educação especial e seu público alvo. O professor ou a professora nesse cenário encontra-se muitas vezes sem a devida orientação no que se refere ao seu trabalho com crianças com deficiência, e isso advém na maioria das vezes de sua formação inicial. De tal modo, o presente trabalho objetiva investigar os déficits deixados na formação inicial do curso de licenciatura em pedagogia, que afetam direta e indiretamente o atendimento de alunos com deficiência em salas regulares de ensino. Com este intuito, realizou-se um breve estudo sobre a Formação de Professores e a Educação Especial no Brasil e como essas áreas se complementam em um contexto educacional orientado por uma política de inclusão. Baseando nos em autores como: Bernadete A. Gatti (2010, 2013, 2014), Selma Garrido Pimenta (1997), Maria Teresa Égler Mantoan (2003), entre outros. Foi efetuada uma pesquisa de abordagem qualitativa e quantitativa, tendo como instrumento de coleta de dados um questionário aplicado a docentes da rede pública municipal de Abaetetuba – PA, sob o critério de que estes atendessem discentes público alvo da educação especial. Obtiveram-se resultados que demonstraram a fragmentação do currículo do curso de pedagogia, a falta de uma base teórica consistente para o educador, a ausência do exercício da prática aliada à teoria no processo formativo, entre outros fatores que prejudicam o processo de ensino e aprendizagem dos alunos e alunas com deficiência.