Os Institutos Federais, desde sua criação, vêm se constituindo como uma instituição plural, no que diz respeito à oferta de cursos, modalidades e níveis de ensino, em diversos espaços do território nacional. Destaca-se que, para além da sua significativa distribuição territorial, os Institutos Federais também cumprem um papel de função social, uma vez que, se considerado o curso das condições históricas em que a educação profissional se desenvolve no Brasil, esta se mostra como a primeira iniciativa de se propor a educação profissional como um projeto societário de inclusão social e de emancipação dos sujeitos, de forma a buscar a superação da dualidade estrutural presente até então na educação brasileira. Entretanto, embora os Institutos Federais tenham índices bastante significativos quando analisados em razão do ingresso, permanência e êxito, inclusive se observados aos que se referem exclusivamente ao ensino técnico integrado ao Ensino Médio, nota-se que quando se volta o olhar para a análise desses dados em função dos estudantes público da Educação Especial, vemos que a instituição ainda carece de dados sistematizados e consolidados referentes à essa temática e que “os IFs, de modo geral, dispõem de dados pouco organizados sobre os estudantes público alvo da EE” (OLIVEIRA, 2021 p.1). Diante disso, o objetivo deste trabalho é fazer uma análise da disponibilidade de vagas ofertadas para o público da EE e de sua efetiva ocupação por meio das matrículas desses estudantes no Campus Santos Dumont do IF Sudeste MG, buscando compreender como tem sido o processo de ingresso dos estudantes com deficiência na instituição.