A psicomotricidade integra aspectos motores, cognitivos e emocionais, visando o desenvolvimento integral do indivíduo. Ela envolve a coordenação entre movimentos físicos e cognitivos, favorecendo a expressão corporal, a percepção espacial e a interação social. Nesse sentido, a integração da psicomotricidade no cotidiano escolar contribui para a formação de crianças mais autônomas, criativas e socialmente competentes. Logo, a psicomotricidade não deve ser vista como uma prática isolada, mas sim como uma perspectiva abrangente que permeia todas as dimensões do currículo educacional. Considerando essa premissa, este estudo investiga a integração da psicomotricidade no cotidiano escolar, focando nas experiências e desafios enfrentados por professores. A pesquisa de campo foi realizada em instituições de ensino fundamental, onde foram observadas e analisadas as práticas psicomotoras implementadas durante as atividades pedagógicas. Entrevistas e questionários foram aplicados para coletar dados qualitativos sobre percepções, estratégias e dificuldades encontradas na aplicação de atividades psicomotoras. Os resultados indicam que a psicomotricidade desempenha um papel fundamental no desenvolvimento integral das crianças, promovendo melhorias na coordenação motora, concentração, socialização e habilidades cognitivas. No entanto, desafios como a falta de formação específica, recursos inadequados e resistência à mudança metodológica foram destacados como obstáculos significativos. O estudo conclui que, para uma implementação eficaz da psicomotricidade nas escolas, é necessário um investimento contínuo na formação de educadores, além de um suporte institucional adequado que inclua recursos materiais e estruturais.