É crucial refletirmos por meio de teorias e pressupostos que colaboram com os processos de ensino e aprendizagem na educação científica, e que, ao mesmo tempo, nos possibilitam trazer também aspectos de criticidade para o campo, potencializando assim a formação de cidadãos que possam agir criticamente e transformar sua realidade. Levando isso em conta, este trabalho busca dialogar, trazendo um recorte de um trabalho maior, e, por meio dos pressupostos da Relação com o Saber de Bernard Charlot (2000; 2022), iluminar as discussões sobre o negacionismo. Partindo de uma abordagem metodológica qualitativa, a investigação analisou falas e escritos de jovens estudantes do ensino médio, permitindo revelar aspectos importantes que promovem reflexões sobre o ensino de ciências com foco no negacionismo. Desse modo, em conjunto com os pressupostos teóricos que consideram o sujeito em relação com o saber, esse recorte evidenciou importantes considerações que interligam o "Negacionismo" e a relevante disposição em que o sujeito precisa entrar para se envolver em um processo educativo que não seja de negação. Esse processo, respaldado em métodos científicos e pesquisas, permite colaborar para a formação de estudantes que não sejam negacionistas e ainda revela suas relações com o saber. Alcançamos algumas considerações finais e compreendemos que a educação científica é um caminho repleto de desafios e controvérsias, especialmente em um contexto social onde as evidências científicas, os fatos, as opiniões, as verdades e até mesmo o negacionismo são misturados, confundidos e, por vezes, disseminados em "opiniões virtuais" nas redes sociais.