O Estado Brasileiro reconhece o esporte como um direito social à luz da Constituição Cidadã (BRASIL, 1988), logo cabe às instituições públicas de ensino brasileiras garantir o acesso da população às praticas esportivas. Face a esta prerrogativa, o estudo analisou o perfil dos participantes de um projeto comunitário esportivo vinculado a uma instituição federal de ensino cearense, a partir da descrição das características sociais e econômicas do público atendido. Caracterizamos a pesquisa como descritiva, com abordagem quali-quantitativa, que envolveu os levantamentos bibliográfico e documental. O instrumento de obtenção dos dados foi o questionário misto, aplicado presencialmente. A amostra do estudo compreendeu 55 pessoas, que foram selecionadas conforme os critérios seguintes: i) ter 18 anos de idade ou mais; ii) praticar handebol na instituição; iii) ter no mínimo seis meses de participação nas práticas de handebol. Para a apresentação da estatística descritiva usamos o programa computacional JASP. A amostra envolveu 30 pessoas do sexo feminino (25,78 anos ± 9,00 anos) e 25 pessoas do sexo masculino (23,92 anos ± 6,78 anos). Em relação à localização da residência, à percepção de raça ou cor, ao tipo de escola que estuda ou estudou, ao nível de instrução, ao arranjo familiar, à renda individual, ao recebimento de auxílio governamental, ao papel como provedor da família e à renda familiar, observamos que: a maioria reside em Fortaleza, se reconhece como negra, estudou em escola pública estadual ou federal, possui ou está cursando nível superior, mora com os pais ou com um deles, possui renda individual de até um salário mínimo ou não possui renda, não recebe auxílio governamental, não é responsável pelo sustento da família, pertence a uma família com renda entre dois e cinco salários mínimos que não é atendida por programa governamental de transferência de renda.