Este estudo tem como objetivo refletir sobre as evidencias de contribuições da formação docente para o desenvolvimento de uma práxis crítica e (trans)formadora, no contexto da educação escolar indígena e quilombola. A pesquisa parte da premissa que o professor é um agente fundamental no processo educativo e sua contínua formação, em temas emergentes e contemporâneos, é fundamental para que se desenvolva uma educação decolonial. Nessa perspectiva nos fundamentamos teoricamente nas contribuições de Sato e Castioni para discutir sobre a formação docente. Metodologicamente, se configura como um estudo exploratório, por meio de uma pesquisa bibliográfica, a partir de uma abordagem qualitativa. Os resultados evidenciam práticas docentes adotadas que buscam garantir uma educação indígena e quilombola digna, justa e considerando as diferenças e singularidades de cada aldeia e de cada quilombo. Conclui-se que a formação continuada do docente é fundamental para a atuação na educação indígena e quilombola. Ademais, ressalta-se a importância de uma educação dialógica e decolonial para evidenciar narrativas não hegemônicas e desvinculadas das realidades indígenas e quilombolas. A formação docente é um dos aspectos que têm oportunizado discussões a níveis nacionais e internacionais devido à complexidade dessa temática. Há, portanto, avanços significativos ocorrendo para que as escolas sejam locais abertos às questões atuais e que os professores estejam capacitados para abordar tais temáticas com os estudantes. Nesse tocante, é imprescindível que o docente esteja atento à sua formação continuada e ininterrupta devido à complexidade envolvendo a sociedade e à educação. Cabe, portanto, que o Estado também realize investimentos para oportunizar programas de capacitação e formação aos professores.