Esta pesquisa, trata-se de um estudo sobre as práticas de cultura escolar de uma instituição de ensino, localizada no interior do Estado do Ceará, sendo responsável pela formação de mulheres para prática do magistério. A Escola Normal Rural de Ipu, representou uma importante instituição de ensino na cidade, sendo relevante uma investigação sobre ela, a fim de elencar elementos ainda desconhecidos na pesquisa educacional cearense. A instituição aqui pesquisada, representou por muitos anos uma referência em educação. Inserido no contexto das escolas rurais, teve o início do seu funcionamento em 1942 e sua extinção em 1956. Os conhecimentos gerados nesta pesquisa irão permitir o reconhecimento dos serviços educacionais prestados para sua comunidade local e cidades vizinhas, contribuindo para a memória cultural e social de um povo. No período aqui investigado, de 1942 a 1956, analisamos dois momentos de maior importância para a instituição: a instalação da instituição e sua transferência para as dependências do Patronato Sousa Carvalho. Ao estudar esta escola, procuramos seguir a linha de trabalho existentes sobre instituições escolares, que tomam como dispositivos fundamentais a análise das práticas educativas e da cultura escolar. Partindo desta perspectiva, situamos as fontes em orais e escritas. Dessa forma, ao me propor estudar as práticas educativas desta instituição de ensino, se faz necessário a compreensão do objeto a partir dos conceitos de Dominique Julia, Roger Chartier e Michael Foucault que ajudam a compreender as ações normativas aplicadas na instituição de ordenamento e controle. Nesse sentido, a busca pelo entendimento desta instituição pressupõe a compreensão do contexto histórico da cidade de Ipu durante o período proposto aqui neste estudo, assim como, sua importante contribuição na formação do professorado local.