A lei 10.639 promulgada em janeiro de 2003 completou vinte e um anos e luta para ser efetivada nos espaços educacionais. Com mais de duas décadas em vigor, embora alguns avanços tenham sido alcançados para a maioria das instituições de ensino sua implementação ainda espera a superação de barreiras que vão desde as individuais as estruturais construídas pela ideologia racista latente e recorrente no Brasil. Este artigo tem como objetivo discutir o processo de ensino e aprendizagem e o (re)conhecimento das desigualdades étnico-raciais a partir de perspectivas individuais e institucionais para uma educação inclusiva/antirracista na escola. Esse trabalho de natureza qualitativa se constitui como uma revisão da literatura e perscruta a importância da adoção de práticas pedagógicas inclusivas/antirracistas de promoção da igualdade, respeito e desconstrução de estereótipos e se justifica pela necessidade de análise e discussão das desigualdades presente nas instituições de ensino a partir de dados coletados pelo conjunto de referências elegidas no escopo da produção teórica brasileira dentro da interface entre a temática étnico-racial, as práticas pedagógicas e o ensino e aprendizagem. Ao realizar as análises dos materiais selecionados podemos perceber as desigualdades raciais históricas no campo da educação e o longo caminho a ser percorrido para a efetivação mediante os muitos desafios a serem enfrentados e superados, entre eles, a formação de professores, a resistência a mudanças e as fragilidades institucionais.