As políticas públicas, por meio da Lei Brasileira da Educação Inclusiva (2015), reforçam as matrículas do alunos com deficiências e com transtornos em sala comum do ensino regular. Embora esta decisão jurídica não seja algo recente, ainda traz lacunas de como garantir a inclusão desse público em um ambiente equitativo no contexto escolar. A utilização de tecnologias digitais e a tecnologia assistiva, conforme Galvão Filho (2022), está se mostrando um caminho promissor para garantir maior participação de alunos com deficiências na escola. Nesse sentido, pesquisas têm sido realizadas para informar aos professores sobre as possibilidades educacionais desses recursos tecnológicos. Um estudo realizado no Mestrado Profissional em Educação Inclusiva em Rede (PROFEI) analisou os produtos educacionais desenvolvidos na linha de Inovação Tecnológica e Tecnologia Assistiva entre 2020 e 2022. O objetivo foi identificar as temáticas abordadas e como elas contribuem para a formação dos professores da educação básica participantes do programa. Para alcançar esse objetivo, adotou-se da pesquisa documental e bibliográfica, sendo que as informações coletadas foram organizadas e analisadas por meio de categorias, com base em Minayo (2001). Os resultados mostraram que as pesquisas geralmente surgem das necessidades das escolas em relação à formação dos professores e ao desenvolvimento de recursos tecnológicos que facilitem a interação dos alunos com os conteúdos curriculares. Em se tratando dos produtos educacionais, síntese dos trabalhos finais de dissertação, evidenciou-se que foram produzidos materiais de diferentes formatos como: protocolos de avaliação para aplicativas, experimentos didáticos, cursos para formação continuada, protótipos de aplicativos, websites, e-book, entre outros conforme as demandas identificadas no contexto da escola. Ressalta-se que, tais materiais estão disponibilizados em sites das universidades associadas ao programa, visando contribuir com a formação dos professores de diferentes regiões brasileira.