Uma das principais formas de se promover saúde é por meio do ensino e da educação. No caso do presente trabalho, especialmente da educação musical, com ênfase no ensino não-formal. Utiliza-se, aqui, o conceito de ensino não-formal como sendo o desenvolvido em espaços extramuros escolares, em que os processos de ensino-aprendizagem acontecem, com objetivos e intencionalidades. Neste sentido, interligou-se a abordagem CienciArte, a Pesquisa baseada em Artes (PBA), a Educação Não-Formal, a pedagogia de Paulo Freire e o campo da História, estudando promoção de saúde, por meio da arte, analisando seu uso e transformações através da temporalidade. Com isso, buscou-se analisar possíveis contribuições que o fazer musical poderia acarretar no ensino através da construção de Oficinas Dialógicas Musicais. A Oficina foi executada com 33 alunos de um pré-vestibular comunitário em Santa Cruz/RJ. Foram desenvolvidas três atividades amparadas em todo o material teórico abordado durante a pesquisa, em que os participantes foram convidados a participarem e partilharem conjuntamente suas percepções, emoções e sentimentos. Por fim, os participantes entregaram paródias feitas a partir de temáticas desenvolvidas durante as atividades. Assim, as oficinas possibilitaram, tanto em aspectos teóricos quanto práticos, perceber que a união entre CienciArte e PBA, articuladas à educação não-formal, configuraram-se como potentes formas de ensinar, educar, promover saúde, fazer música, entre outras possibilidades.