A educação é um direito universal, sendo essencial elaborar estratégias que promovam o ensino humanizado na escolarização. Nesse contexto, discutiremos a educação inclusiva, que preconiza que a sociedade deve fornecer as condições necessárias para o acesso e permanência de todos(as) no processo de aprendizagem, valorizando a diversidade de suas características. A escola, portanto, precisa considerar as idiossincrasias de cada estudante ao garantir sua participação efetiva e seu engajamento subjetivo nas aulas, independentemente de religião, gênero e/ou raça, entre outros marcadores sociais. Nós aprendemos de maneiras diferentes; contudo, é imprescindível criarmos um ambiente inclusivo onde todos(as) possam participar. Portanto, neste trabalho visamos expor e compreender as barreiras enfrentadas nas aulas de educação física por 16 professores(as) de diferentes escolas da rede pública municipal de Fortaleza. Com esse objetivo, elaboramos um questionário com nove perguntas abertas para identificar as barreiras nas aulas de educação física que impedem a inclusão efetiva dos(as) estudantes. O critério de inclusão foi: ser professor(a) de Educação Física da rede de Fortaleza, independente do tempo de experiência. Dos(as) 16 professores(as) que responderam o formulário, 14 apontaram barreiras físicas, 13 relataram barreiras atitudinais (obstáculos derivados de atitudes, preconceitos pessoais e crenças que dificultam a interação e cooperação), 12 enfrentaram barreiras tecnológicas, 10 citaram barreiras de transporte devido à infraestrutura inadequada, 8 mencionaram barreiras de comunicação, e. Todos(as) os(as) professores(as) afirmaram que se esforçam para promover a inclusão dos(as) discentes, apesar das dificuldades, e destacaram a necessidade de melhores condições por parte da gestão escolar e da Prefeitura Municipal para desenvolver aulas mais inclusivas e atrativas. Compreender essas dificuldades é crucial para identificar o que (im)possibilita que a prática pedagógica seja acessível e buscar mudanças conforme a responsabilização das diferentes esferas sociais, sem culpabilizar o(a) docente.