A pesquisa apresentada foi motivada pelo interesse em analisar metodologias de ensino através de aulas de campo com crianças com deficiência, entre elas: transtorno do espectro autista (TEA) e Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). Para tanto, foi escolhido como campo de pesquisa o Instituto Transformar, uma instituição social sem fins lucrativos, voltada ao acolhimento de crianças com deficiência, que funciona no contra turno dos alunos do município, localizada em Moreno, Pernambuco (PE). Como método de estudo, foi realizado através da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente da Prefeitura de Moreno, uma aula de campo com quinze Crianças do Instituto, com faixa etária entre cinco a doze anos (todas com seus respectivos responsáveis), no Eco parque Pocinho, situado no bioma Mata atlântica, a 24,4 km de Recife-PE. O campo teve como objetivo aflorar seus sentidos e incentivar a interação social e com os animais. Dessa forma, a pesquisa baseia-se na observação comportamental do contato com a natureza. Os principais resultados demonstram que a atividade teve uma aceitação positiva pelas crianças, quando inseridos em um ambiente diferente da sala de aula, a socialização acontece com mais naturalidade. Além disso, esse tipo de aula complementa o ensino regular, permitindo que as crianças apliquem os conhecimentos adquiridos em classe. É importante destacar que cada atividade estimula de maneira distinta o desenvolvimento cognitivo de cada indivíduo. Por exemplo, as crianças com TEA interagiram com mais sensibilidade as texturas e movimentos em comparação com as crianças com TDAH, isso acontece porque elas apresentam perfis neurológicos distintos. Portanto, as atividades práticas não apenas promovem o aprendizado, mas também contribui para o desenvolvimento integral e a inclusão social dessas crianças, reafirmando a necessidade de métodos educacionais diversificados e adaptativos em instituições sociais e no ensino regular.