Este estudo apresenta uma discussão acerca da formação do professor para o ensino de ciências nos anos iniciais, especialmente no que tange aos conteúdos do campo da virologia. Relata o processo de construção coletiva de um jogo com a temática doenças virais envolvendo quatro professoras com formação em pedagogia e que atuam no 4º ano de escolaridade do Ensino Fundamental em uma escola pública do município de Niterói. Como estratégia de coleta de dados, foi realizado um grupo focal inicial para o mapeamento dos conhecimentos dos sujeitos a respeito do assunto. Ressalta-se que o tema vírus é difícil de ser trabalhado devido ao seu fator microscópico e à sua didática ainda baseada na utilização de instrumentos pouco lúdicos e que não permitem, de fato, engajar os estudantes. A partir desta etapa, foi construído com as professoras um jogo didático em formato de tabuleiro para que as mesmas pudessem aprender sobre doenças virais e ainda utilizá-lo como ferramenta pedagógica com os alunos. No decorrer deste processo, identificamos três alunos do 5º ano que foram convidados para participar de uma etapa da elaboração do produto por apresentarem potencial para ilustração e design do tabuleiro, das cartas e da caixa do jogo. Este foi validado entre quatro professoras que não haviam participado do processo de construção do material. O produto final denominado “Que virose é essa?” constitui-se em um instrumento lúdico para a aprendizagem sobre doenças virais. Percebeu-se durante as observações e desenvolvimento da pesquisa que isto pode ser considerado como uma estratégia didática que possibilita interação e engajamento aos envolvidos, já que viabiliza pilares do ensino de ciências pela investigação tais como: compreender o assunto, estudar sobre ele, levantar hipóteses e relacionar a temática envolvendo as demais áreas do conhecimento, entendendo-o como de extrema importância para a inclusão científica, política e cidadã