A presente pesquisa teve como objetivo analisar as repercussões da qualificação profissional de pessoas com deficiência, egressos de cursos de nível superior do Instituto Federal de Educação do Ceará (IFCE), sobre e para a constituição de processos inclusivos e emancipatórios. O estudo fundamenta-se no pensamento gramsciano, ao lançar a discussão sobre a formação educacional e profissional de pessoa com deficiência e as possibilidades e limites no estabelecimento de processos inclusivos e emancipatórios em uma sociedade do capital. Como metodologia, utiliza uma abordagem qualitativa, valendo-se das interpretações mediadas pelo método histórico-dialético, aliado à técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Na recolha de informações, a pesquisa fez um levantamento de dados junto aos estudantes com deficiência egressos do IFCE. Como resultado deste estudo, constatamos dois importantes aspectos, dentre outros: i) identificação de processos sociais inclusivos provenientes do acesso de pessoas com deficiência a cursos de nível superior, e ii) ausência de uma formação fundamentada no conceito de emancipação humana, tendo em vista que os processos educacionais estabelecidos pelo modelo capitalista de produção não promovem interferências nas estruturas econômicas e sociais estabelecidas pelo sistema. Assim, inferimos com esta investigação a constituição de processos educacionais inclusivos que vem aos poucos viabilizando a inserção social de pessoas com deficiência a partir de sua formação profissional, porém não podemos fazer alusão a uma inclusão emancipadora, considerando a inviabilidade desta formação em uma sociabilidade do capital.