“A PROMESSA QUE FOI FEITA FOI QUE A GENTE IRIA APROFUNDAR O CONHECIMENTO”: REPERCUSSÕES DO NOVO ENSINO MÉDIO (NEM) NA FORMAÇÃO DA JUVENTUDE
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Este artigo é resultado de um trabalho de pesquisa iniciado em setembro de 2023, envolvendo duas escolas de Ensino Médio profissionalizante do município de Crateús/Ceará. Os pressupostos metodológicos que dão corpo a estas discussões foram desenvolvidos a partir da pesquisa qualitativa, através do emprego de técnicas como: observações nas escolas, grupo de discussões e entrevistas. Entendemos os jovens como sujeitos múltiplos e a juventude enquanto categoria sociológica, historicamente inventada e constituída a partir de diversas camadas (gênero, étnica, sexual, territorial, econômica, cultural e política), realizamos estudos nos trabalhos de Pais (2003), Dayrell (2007), Groppo (2000), Sales (2005). No debate sobre o Ensino Médio nos debruçamos nos trabalhos de Silva (2016) e Barbosa (2021; 2022). Os resultados parciais revelam um grande descontentamento e frustração dos jovens com a formação imprimida no NEM. A redução da carga horária em componentes curriculares como física, química, biologia, geografia e história repercute de forma negativa na formação curricular dos jovens. Para eles/as, essa nova configuração curricular causa um prejuízo duplo: não prepara para ingressarem na universidade e tampouco para o mercado de trabalho. Com o pouco tempo destinado para esses componentes, os jovens sentem um empobrecimento e esvaziamento de sua formação básica geral, reduzindo ainda suas chances de obterem melhores resultados nas avaliações externas como no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e de acesso ao Ensino Superior." 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