O presente artigo busca apresentar os resultados obtidos da pesquisa desenvolvida sobre Gênero e Violência na esfera educacional, no estado de Pernambuco. O objetivo da pesquisa foi analisar de que forma a ausência de políticas públicas ou de sua implementação em escolas tendem a promover o racismo estrutural, a cultura machista, misógina e homofóbica nas escolas e, consequentemente, a promoção da violência envolvendo estes campos. Na pesquisa, procuramos mapear de que forma as políticas públicas de direitos humanos têm sido implementadas nas escolas, como têm atuado em defesa da comunidade feminina, negra, LGBTQIA+ e outras, e os porquês da contínua violência escolar em torno destes grupos. Entendemos que as incompreensões em torno da categoria gênero também são promotoras de algumas destas problemáticas. Neste sentido, consideramos pertinente trazer à tona algumas posições sobre este conceito de modo a contribuir para outros debates e reflexões. Nos resultados obtidos, também procuramos mostrar a fragilidade da aplicabilidade da legislação no tempo presente, resultado da ampliação dos discursos neoconservadores promovidos no último ambiente político do governo federal de linha bolsonarista, aliados aos discursos da bancada evangélica no Congresso, que têm predominado e impactado o cotidiano escolar do estado.