A educação midiática é o uso instrumental da tecnologia como auxílio pedagógico transparente com o objetivo de desenvolver habilidades técnicas e estimular a compreensão sistemática de como funciona a mídia e promover formas reflexivas de usá-las. Diante do exposto, este artigo tem como objetivo investigar as contribuições da educação midiática para o aperfeiçoamento do processo de ensino aprendizagem de ciências com alunos do ensino médio público em uma cidade cearense. Metodologicamente, a pesquisa teve caráter quali-quantitativo através de um estudo de caso com discentes de uma escola pública de ensino médio. Os alunos vivenciaram às aulas dispostas sobre biologia geral e a partir do conteúdo criaram posts que foram divulgados em um instagram criado pelos próprios discentes. Os alunos responderam questionários sobre a experiência vivenciada e as questões foram analisadas e discutidas no presente artigo. Os principais resultados foram: a) Grande parte dos alunos utiliza bastante as redes sociais e consome conteúdos variados; b) a maioria dos alunos relatou possuir afinidade razoável com o componente curricular biologia e que prefere quando as aulas desta disciplina são práticas; c) quando perguntado sobre a efetividade do presente projeto em relação ao aprendizado, 45% responderam positivamente; d) no tocante às respostas dos desafios e limitações em torno das práticas utilizando a educação midiática, foi identificado que a desigualdade social em relação aos aparelhos celulares de qualidade é significante. Os motivos das respostas positivas relacionam-se com o papel da educação midiática como ferramenta de fomento no pensamento crítico, além do desenvolvimento do protagonismo juvenil no processo de ensino aprendizagem, mesclando saberes e oportunizando espaço para o lúdico. Em relação aos desafios e limitações, foi evidenciado que a dinamização do processo de ensino-aprendizagem esbarra em condições materiais, socioeconômicas, concretas, sendo necessário um maior investimento por parte do Estado.