Os cetáceos viventes são divididos em dois grupos: Misticetos (baleias com barbatanas) e Odontocetos (golfinhos e baleias dentadas). Esses mamíferos aquáticos habitam rios, estuários, zonas costeiras e oceanos, evidenciando sua transição evolutiva para ambientes aquáticos. Como espécies no topo da cadeia alimentar, a saúde dos cetáceos é um importante bioindicador do ambiente marinho. Entretanto, o estudo da anatomia óssea desses animais é limitado devido à escassez de material disponível, o que dificulta a compreensão detalhada de sua biologia. Essa falta de acesso a materiais sublinha a importância de acervos e recursos educativos que possam trazer esse conhecimento ao público. Estudar a anatomia óssea dos cetáceos é crucial não apenas para a ciência, mas também para sensibilizar a sociedade sobre a conservação desses animais. Esses estudos revelam informações valiosas sobre sua evolução e adaptações, além de despertar o interesse e a conscientização da população. Para abordar essa questão, o Laboratório de Monitoramento de Biota Marinha, através da exposição “Conhecendo os animais marinhos para proteger” que compõe o seu projeto de extensão, desenvolveu uma atividade educativa. Foram criados painéis com sobreposição 3D de uma jubarte, um golfinho e um cachalote, junto com óculos 3D em duas cores (azul e vermelho) confeccionados manualmente, permitindo ao público ver cada imagem destinada a cada olho e facilitando o estudo da anatomia óssea dos cetáceos. Este recurso foi desenvolvido para aplicação durante exposições no Mês do Meio Ambiente de 2024 em eventos realizados no Rio Grande do Norte. Essa abordagem criativa foi muito bem recebida, sensibilizando adultos e crianças de diferentes idades, totalizando um público de mais de mil pessoas. A interação visual com os modelos 3D não só despertou fascínio, mas também promoveu o aprendizado sobre esses mamíferos marinhos, contribuindo para a conscientização sobre a importância de proteger o ambiente marinho.