Historicamente, a formação continuada de professores para atuação na Educação Profissional e Tecnológica (EPT) é marcada por contradições e retrocessos, utilizando-se de estratégias emergenciais e provisórias. Neste artigo, temos como objetivo analisar a produção acadêmica da Pós-Graduação brasileira sobre a formação continuada de docentes dos Institutos Federais (IFs) no período de 2018 a 2022. O referencial teórico sobre formação continuada foi construído a partir de autores como Santos (2010), Nóvoa (1992), Prada (1997) e Pimenta (1999). O estudo é de natureza qualitativa, de caráter exploratório e bibliográfico, do tipo “Estado do Conhecimento”. Os trabalhos foram coletados no Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), na Plataforma Sucupira, e no Observatório do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica em Rede Nacional (ProfEPT). Para a análise dos dados, utilizamos a Técnica de Análise de Conteúdo Categorial Temática, de Bardin (2016). Os trabalhos foram selecionados a partir dos títulos, palavras-chave e resumos. Foram localizadas treze pesquisas, que foram lidas na íntegra. Dessas pesquisas, onze abordaram sobre a formação continuada de um tema específico: Tecnologia da Informação e Comunicação, metodologias ativas ou bases conceituais da EPT. As demais pesquisas trataram sobre a formação continuada de maneira geral. De acordo com resultados apresentados nos trabalhos, a formação continuada de professores atuantes nos IFs é fundamental para atingir as finalidades institucionais. Os resultados das pesquisas apontaram também que a formação continuada com foco na reflexão sobre a prática docente possibilita o debate de questões próximas às realidades de sala de aula no âmbito dos IFs. Concluímos, assim, que as ações de formação continuada impactam diretamente os processos de ensino e aprendizagem na EPT. Ressaltamos a importância de novos estudos para aprofundar os nossos achados.