O presente trabalho tem como principal objetivo analisar as concepções das professoras das séries iniciais acerca da formação continuada docente e suas contribuições para a melhoria da atuação profissional. A partir da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional nº 9394/1996 a formação continuada de professores ganhou destaque, pois passou a ser um dos elementos que compõem a política de valorização dos profissionais da educação escolar, prevendo a garantia do aperfeiçoamento docente, como uma das obrigações do poder público. Nesse sentido, com base na LDB 9394/96 e nas políticas neoliberais instauradas no Brasil a partir da segunda metade da década de 1990, o Ministério da Educação criou programas nacionais de formação continuada voltados para os(as) docentes das séries iniciais. Diante disso, torna-se relevante refletir sobre esse tema, a partir da visão das professoras que estão nas escolas públicas e são chamadas a participar destes momentos formativos. A pesquisa teve como aporte teórico Oliveira (2012), Silva (2011; 2018), ANFOPE (1998), dentre outros. No que diz respeito aos resultados, foi identificado no relato das respondentes a percepção da formação continuada como algo positivo e necessário para o exercício da profissão docente. Predominou na fala das entrevistadas três concepções de formação continuada: 1) a formação vista como um momento de atualização; 2) a formação vista como um momento de ampliação de conhecimentos (teóricos e/ou práticos); e 3) a formação associada a uma necessária aprendizagem contínua. O estudo mostrou ainda, que para as docentes, a formação continuada contribui para a atuação profissional, tendo em vista que ela auxilia na melhoria da prática pedagógica.