TERRITÓRIO DE RESISTÊNCIA: DIÁLOGOS OUTROS SOBRE AS PRÁTICAS DEMOCRÁTICAS E ANTIRRACISTAS EM ESCOLAS DO CAMPO
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Temos como objetivo discutir os sentidos das práticas democráticas e antirracistas presentes nos discursos de gestores(as) de escolas do campo no município de Vitória de Santo Antão-PE. Como abordagem teórico-metodológica utilizamos os Estudos Pós-Coloniais (Quijano, 2005; Mignolo, 2008; Walsh, 2008), pelos quais refletimos sobre os processos de negação, inferiorização dos saberes-fazeres outros, principalmente no que se refere aos territórios do campo e os processos de racismo. Por sua vez, a metodologia deste trabalho é de cunho qualitativo e trabalha os sentidos e significados contidos nos discursos e práticas dos gestores(as) escolares (Minayo, 2009). Como instrumentos para coletas de dados fizemos uso de entrevistas semiestruturadas a fim de focalizar as questões e elementos das questões pesquisadas (André, 2008) e observação participante no intuito de manter uma aproximação entre o(a) observador(a) e a realidade em estudo, conforme Marconi e Lakatos (2003). Para a análise dos dados utilizamos a Análise de Conteúdo (Bardin, 1977), por nos possibilitar acessar os núcleos de sentido presente nas entrevistas. No que se refere aos resultados e discussões é possível considerarmos que os(as) gestores(as) que atuam em escolas do campo têm percepções e práticas pedagógicas alinhadas ao objetivo de combate às práticas discriminatórias/racistas lançando mão de variados recursos para atingir este objetivo. Nesta perspectiva, os esforços promovidos pelas equipes reverberam no perfil da comunidade escolar em que gestores(as), estudantes, docentes e demais sujeitos da comunidade escolar são empoderados(as) e têm sua identidade fortalecida, resultando a valorização e o orgulho sobre a própria identidade negra camponesa." 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