O presente estudo, de caráter bibliográfico, tem por objetivo central suscitar discussões acerca da diversidade cultural no que tange às relações de gênero, etnicorraciais, orientação sexual, dentre outras dimensões da vida, sobre as quais as pessoas sofrem discriminações, estereótipos e segregações. Como construções histórica, cultural, econômica e social tais diferenças não são naturais, são aprendidas e absorvidas no cotidiano dos vários espaços de socialização: na família, na escola, na igreja, no partido político, nos espaços de lazer. Em decorrência dessa forma de conceber as diferenças das pessoas como naturais e que não podem mudar, gera desrespeito aos diferentes e cristaliza as desigualdades sociais. Vários segmentos sociais, sobretudo as mulheres, jovens pobres e negros/as, LGBT’s e indígenas são aquelas pessoas que mais sofrem discriminações de toda ordem e as justificativas dessa condição é que as diferenças são naturais. Ainda em fase inicial, esse estudo alicerça-se nos estudos de Carrara (2009), Gomes (2006), Ahlert (1997), Mori (1997), Boneti (1997), Almeida; Brittar (2008) dentre outros, a fim de contribuir para desnaturalizar as “visões negativas” que estigmatizam mulheres, negros e negras, indígenas, LGBT’s, e tantas outras populações que compõem a diversidade cultural. Para tanto, destacamos a importância da ação escolar e das leis de amparo e proteção a estes grupos subrepresentados no enfrentamento a tais práticas discriminatórias.