Com a publicação da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, todos os trabalhos de pesquisa envolvendo seres humanos devem atender a determinados princípios éticos. No entanto, há algumas décadas, os aspectos éticos em pesquisas têm provocado debates no meio acadêmico. O objetivo do presente estudo foi a partir de um levantamento documental analisar os aspectos éticos sobre atividade física na promoção da saúde em revistas da Educação Física. Métodos: Trata-se de um estudo documental, descritivo com abordagem quantitativa. O universo do estudo foi composto por artigos publicados em três revistas científicas publicadas entre 2005 e 2007 da área da Educação Física. A amostra incluiu 3 artigos selecionados a partir do critério de inclusão que estabeleceu o tema “atividade física na promoção da saúde” e a categoria “artigo original”. Os instrumentos para coleta das informações foi uma ficha de levantamento de informações elaborado pelos próprios autores deste trabalho. A análise estatística utilizou o método descritivo de distribuição de frequência. Resultados: Todos os artigos publicados e que foram incluídos pelo critério de inclusão apresentaram justificativa, objetivos e os procedimentos utilizados e esclareceram sobre os benefícios da pesquisa e sobre a garantia de liberdade do sujeito se recusar a participar da pesquisa. Nenhum expôs os riscos e desconfortos da pesquisa de forma clara e esclareceu sobre o ressarcimento de gastos ou indenização aos participantes. Apenas 33,3% esclareceram quanto às normas para o desenvolvimento da pesquisa, citando a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Nenhum dos artigos incluídos na amostra citou o número do protocolo de aprovação da pesquisa em um Comitê de Ética. Conclusão: Mesmo com o compromisso dos pesquisadores em seguir a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, as pesquisadas analisadas neste trabalho apresentam problemas sérios em várias questões éticas, como a não exposição de riscos e desconfortos e sobre o ressarcimento dos gastos, bem como nenhum dos artigos citaram sobre o número do protocolo de aprovação o que deixa em dúvida sobre os trâmites de aprovação do projeto da pesquisa. Neste sentido, sugere-se aos autores maior rigor na descrição das questões éticas da pesquisa.