Este breve relato de experiência busca descrever as atividades realizadas no Município de Lagoa d’Anta, no estado do Rio Grande do Norte, por meio do Projeto Trilhas Potiguares da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O qual é dividido em áreas de atuação que realizam oficinas específicas em determinadas regiões do estado. Sendo a oficina aqui descrita de competência da área de Lazer, Turismo e Esporte e intitulada de “Conhecendo o Karatê”. Com a recorrente discussão no âmbitos das lutas e uma crescente demanda do município de Lagoa d’Anta por atividades que promovessem a diminuição da violência (vandalismo). Já que os jovens e as crianças, segundo alguns responsáveis pelo município, deixavam a cidade deteriorada e brigavam muito nas ruas. Ao planejarmos a atividade propomos uma discussão sobre lutas na oficina, diferentemente da visão do município que nos pediu práticas de esportes para ocupar o tempo. Dando assim importância à compreensão destes significados e contribuindo para a formação social das crianças. A intervenção teve o objetivo de mostrar que mesmo sem uma gama de materiais é possível trabalhar o conteúdo lutas nas suas 3 dimensões, de maneira lúdica e atrativa. Iniciativas como estas se fazem necessárias para fomentar o diálogo tanto no âmbito educacional (alunos, na prática diária) quanto no meio acadêmico, visando partilhar estas experiências em congressos, eventos e qualquer outro momento semelhante. As atividades aconteceram no dia 8 de agosto do presente ano, no ginásio Targinão (Lagoa d’Anta-RN), por meio dos alunos do projeto com o público-alvo já pré-selecionado. Os alunos foram divididos, por faixa etária, em duas turmas. A primeira com a faixa etária até 13 anos e a segunda com uma faixa etária de 13 até 17 anos no horário de 09:30h ás 13:30h. Naquela turma o público era bem diversificado e agitado, difícil de conter, mas todas as atividades conseguiram ser colocadas em prática. Já na segunda turma, o público era mais velho e os jovens ouviam o direcionamento dos ministrantes da oficina com mais atenção. Como dificuldades encontramos o questionamento dos alunos(”onde esta a luta?”) durante as atividades principalmente nos jogos de combate (coordenação, controle de força, agilidade na perspectiva das lutas e da cultura corporal, ex.: puxa- fita e brincando com os balões) que fazíamos. É importante percebermos como as pessoas se prendem e do mesmo jeito, reproduzem o conhecimento. Desde cedo o corpo não se permite vivenciar o novo. A diferença de idade atrapalhou um pouco, mas deu para ocorrer de modo satisfatório. Conseguir tornar diário em nossa prática pedagógica o ressignificar dos conteúdos da EF, aprimorando cada vez mais o modo de pensar e atuar é contribuir para formação do indivíduo. A oficina mostra que o profissional não pode se limitar a uma intervenção tem que ser uma discussão constante no processo. Recriando novas formas de trocar conhecimento, e não simplesmente reproduzir. Pois a vivencia pedagógica e suas consequências dependem do trato do professor e não de sua técnica.