PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE ESCOLARES DO SEXO MASCULINO, BASEADO NO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA HABITUAL.Michelle Cássia Moura de MeloRadamés Maciel Vítor MedeirosAndré Igor FontelesJeferson Tafarel Pereira RêgoJason Azevedo de MedeirosGertrudes Nunes MeloPaulo Moreira Silva DantasUniversidade Federal do Rio Grande do NorteEstudos mostram que, na população mundial, o nível de atividade física vem diminuindo de forma preocupante, assim ocasionando um aumento dos comportamentos sedentários e propiciando um alto índice de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes. Para a população brasileira, essa tendência também já é bem clara, uma vez que o alto padrão de crescimento do mundo moderno tem possibilitado uma vida mais sedentária, sendo responsável pelo surgimento de diversas doenças relacionadas a estes hábitos. Nesta perspectiva, o objetivo do presente estudo foi comparar os níveis de características antropométricas de jovens escolares, baseadas no nível de atividade física habitual. Constitui-se como estudo de caráter transversal, realizado com 249 indivíduos do sexo masculino, com idade entre 8 e 18 anos, e devidamente matriculados em escolas públicas e privadas de Natal/RN. Para tal, de acordo com a análise de Clusters para os valores do índice de atividade física habitual, os sujeitos foram separados em três grupos, sendo classificados em pouco ativos (PA) (n = 46), ativos (AT) (n = 141) e muito ativos (MA) (n = 62). As variáveis antropométricas avaliadas foram a massa corporal, estatura e as dobras cutâneas de tríceps (TR) e subescapular (SB), sendo realizadas a partir das recomendações da ISAK, e então utilizadas para os cálculos do IMC e da somatória de dobras (TR+SB). O nível de atividade física habitual foi mensurado pelo questionário proposto por Baecke (1982) e validado nacionalmente por Guedes (2006). A análise estatística foi realizada de forma descritiva, mediante a análise da distribuição dos dados e sob a utilização dos valores de média e desvio padrão, e de forma inferencial, a partir da MANCOVA, tendo a idade como covariante. Adotou-se um nível de significância de p < 0,05. Para os resultados, observamos os seguintes valores para cada variável: Massa corporal (PA: 48,92 ± 15,42; AT: 46,22 ± 15,69; MA: 50,22 ± 16,11), estatura (PA: 1,53 ± 0,14; AT: 1,52 ± 0,16; MA: 1,56 ± 0,16), IMC (PA: 20,36 ± 3,83; AT: 19,52 ± 3,76; MA: 20,10 ± 3,63) e Somatória de Dobras (PA: 28,07 ± 14,55; AT: 22,04 ± 10,18; MA: 22,83± 11,75). Foi encontrada diferença significativa (p = 0,035) apenas entre os grupos PA x AT e PA x MA, para a somatória de dobras. Estes achados demonstram que os meninos com maiores níveis de atividade física habitual apresentaram menores valores para a somatória de dobras cutâneas, enquanto que as variáveis de massa corporal, estatura e IMC não foram fatores influenciadores.Palavras-Chave: Antropometria; Atividade Física Habitual; Análise Multivariada.