Desde a antiguidade o ser humano faz do seu corpo instrumento para sobrevivência, seja para caçar ou defender seu território. No decorrer da história, o homem começa a utilizar a ginástica na preparação dos soldados tanto para batalhas, quanto para apresentações que distraiam a nobreza. No Brasil, a ginástica começou a ser ensinada juntamente com a esgrima, na primeira escola de Educação Física. Atualmente a Lei e Diretrizes e Bases da Educação e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), tornam a Educação Física um componente curricular obrigatório em todas as escolas, e cuidam para que seus conteúdos sejam organizados de acordo com os níveis de ensino, ou seja, da forma mais simples para a mais complexa, respectivamente. Nos PCNs, a Educação Física fundamenta-se em três grupos de conteúdos, são eles: conhecimentos sobre o corpo; atividades rítmicas e expressivas; esportes, jogos, lutas e ginásticas. Dentro das ginásticas, encontramos a ginástica artística que, quando trabalhada na escola, tem como objetivo auxiliar no desenvolvimento cognitivo, afetivo, motor, social e psicológico dos alunos, ao trabalhar com movimentos livres, que podem ser locomotores, manipulativos, e de estabilidade. Muitas vezes quando o professor de Educação Física propõe algo novo nas aulas, muitos alunos reclamam e tendem a dizer que “isso” não é Educação Física, e que para eles Educação Física é jogar bola e baleada ou vôlei. Isto acontece pelo fato de os alunos não estarem habituados a praticar algo novo nas aulas, com a ginástica não é diferente, pois é uma modalidade quase não trabalhada nas escolas, devido ao alto custo de seus materiais. Diante disto, o professor acaba por se acomodar e continuar ministrando aulas de futsal, baleada ou vôlei. Nosso trabalho teve como objetivo identificar possibilidades da prática da ginástica artística nas aulas de Educação Física em uma escola da rede estadual de ensino da cidade de Queimadas – PB. Nossa pesquisa foi do tipo, qualitativa. Para a realização deste trabalho, nos dirigimos à única escola estadual de grande porte da cidade de Queimadas, escolhemos como amostra dez alunos do 6º ano para que respondessem à seguinte questão: “Há possibilidade de ter aulas de ginástica artística nas aulas de Educação Física na escola? Por quê?”. As respostas surpreenderam, pois todos os alunos afirmaram que seria possível sim, e alguns afirmaram que seria uma forma de aprender outras coisas, que não fosse o futsal e a baleada. Outros disseram que queriam aprender outras coisas “legais”, outro ainda, disse que “é muito chato só ter aula de baleada e futebol”. Tomando com base as respostas às questões, podemos concluir que os próprios alunos sentem a necessidade de conhecer novos conteúdos da Educação Física escolar, e que já não querem mais jogar futsal, baleada ou vôlei nas aulas de Educação Física, além do mais é direito dos alunos ter acesso aos conteúdos da Educação Física, como nos outros componentes curriculares.