Face a atual conjuntura desportiva brasileira, as vésperas de sediar dois mega eventos, o interesse pelo esporte tem crescido exponencialmente, ainda que seja no campo restrito ao alto rendimento. Contudo, este impulso reflete para a área um olhar diferenciado e que merece análises específicas. O campo de produção científica das políticas públicas de esporte e lazer ainda é reduzido, e limita-se a análise em nível mais diagnóstico, com poucas contribuições no que se refere ao campo teórico e metodológico, principalmente acerca da arena política e sua relação com o Estado. Ainda assim, é fundamental compreendermos o que está sendo feito na prática, como estão sendo pensadas as ações no campo do esporte e lazer, para com isso, estabelecer uma discussão teórica e propor a reflexão desta prática. O foco deste trabalho é a Secretaria de Esporte e Lazer da Cidade de Aracaju – Sergipe, que com pouco menos de 1 ano e 7 meses de criação tem a pretensão de alavancar o esporte, principalmente o de rendimento no cenário nacional, tendo por objetivo, analisar sua estrutura político administrativa. Para alcançar tal propósito recorreu-se a uma entrevista com o Gestor responsável pela Secretaria, com questões abertas que versavam sobre o perfil do gestor, a estrutura administrativa, a gestão pública. A técnica empregada para a análise dos dados foi a análise do discurso e discussão teórica. Assim, foram encontrados pontos cruciais no que se refere a fragilidade na formação específica do quadro de funcionários da secretaria, a dificuldade em descentralizar as ações da secretaria, a falta da participação efetiva da população na viabilização das políticas públicas, o orçamento advindo essencialmente do próprio município e a carência de leis de incentivo ao esporte. Para concluir, as ações do município estão alinhavadas com modelos inovadores, porém, observa-se a necessidade de um prazo maior para execução das mesmas.