A flora brasileira é rica em frutas silvestres comestíveis, as quais constituem um patrimônio genético e cultural de inestimável valor (MIELKE et al., 1990). Dentre as espécies nativas de importância regional destaca-se a jabuticabeira de origem sul-americana (brasileira) é encontrada com mais freqüência em Minas Gerais e Espírito Santo, mas pode também encontrada na região Paraibana. O fruto da jaboticabeira (Myrciaria jaboticaba, Berg) é um bacideo globoso, com 20 a 30 mm de diâmetro, e possui uma polpa macia esbranquiçada e suculenta, de sabor subácido, e circundada por um epicarpo fino e de composição rica em antocianinas (Leite,2010). Em 100 gramas ou 1 copo, temos: calorias 51, vitamina C 12 mgm, Niacina 2,50 mg, ferro 1,90 mg e fósforo 14 g(MATTOS, 1978). Sendo estes compostos muito apreciados para consumo ao natural para atuar nas intervenções em saúde e qualidade de vida, combatendo os radicais livres,responsáveis por diversos processos patológicos: inflamações, intoxicações, infarto do miocárdio, doenças degenerativas, câncer e envelhecimento (Leite,2010). Ultimamente, surgem estudos apontando uma nova ligação: as tais substâncias antioxidantes também auxiliariam a estabilizar o açúcar no sangue dos diabéticos( Franco,2009). No entanto os trabalhos a respeito dessa fruta são muito escassos,assim pretende-se com esse estudo avaliar a composição de antocianinas e demais antioxidantes na cultivar Sabará, tornando o fruto mais promissor para um estádio de desenvolvimento com um melhor potencial nutritivo para o consumo “in natura” como para conservação e industrialização. O estudo será conduzido no Centro de Ciências e Tecnologia Agro - alimentar da UFCG, Campus Pombal - PB, onde serão avaliados 25 acessos de jabuticabeiras provenientes de campos experimentais ou pomares domésticos próximos a região. As cultivares serão pré-selecionados quanto ao vigor e sanidade. Para a amostragem, os frutos serão identificados e encaminhados para as caracterizações no Laboratório da própria instituição,onde serão realizados os testes do potencial de antioxidantes. Mediante a utilização da polpa e da casca que serão separadas manualmente, trituradas em multiprocessador ,para analise físico-químicas quanto o teor de sólidos solúveis totais (STT) ; acidez total titulável (ATT) , flavonóides (mg pirocatequina /100g) e fenóis totais (g de ácidotânico /100g),(Zhishen et al., 1999) , a extração dos compostos fenólicos realizada segundo Goldstein & Swain (1963) e dosados pelo método de Folin-Denis (AOAC, 2000). Os dados serão submetidos à análise estatística e as médias comparadas, utilizando o teste Scott Knott, adotando-se 5% de probabilidade. Para a análise estatística utilizou o aplicativo software SISVAR 5.1 (Ferreira, 2007). Espera-se com esse estudo evidenciar uma considerável concentração de antioxidantes na casaca da jaboticaba ,visando ampliar outras formas de beneficiamento e melhoramento na qualidade de produtos processados, e nos seus benefícios nutricionais ao consumo humano.