A amora-preta é altamente perecível e a vida de prateleira é limitada pela perda de massa, alterações de textura. Uma opção para conservação é o revestimento comestível. Devido sua suas características atóxicas e de fácil formação de géis, a quitosana tem sido considerada com interesse industrial. Este estudo tem como objetivo caracteres físicos e físico-químicos do armazenamento de frutos de amora-preta in natura utilizando revestimento de quitosana. Os frutos foram colhidos e transportados em caixa isotérmica para o Laboratório de Armazenamento e Processamento de Produtos Agrícolas (UFCG), selecionados, com polpa firme, e qualidade comestível. Para o preparo do revestimento, 10 gramas de Quitosana em pó, dissolvidos em 500 mL de água destilada, com pH 9,46. Os Frutos foram imersos na solução de revestimento. Para o lote controle foram imersos em água destilada e armazenados a 10º C. As análises físico químicas foram realizadas após 3, 7 e 9 dias, com 3 repetições. Observou-se perda de massa, o que justifica o emprego da temperatura inadequada. Aumento no teor de sólidos solúveis para o lote revestido, o lote controle apresentou decréscimo, a diminuição pode ser explicada pelo fato de os açúcares e os ácidos serem utilizados como substratos respiratórios, conduzindo à diminuição das reservas. Observou-se aumento nos valores de pH. Quanto a acidez total titulável o lote revestido com quitosana, apresenta um leve declínio nos valores obtidos. Favorável a amora preta, fruto ácido. O lote revestido com quitosana apresentou características desejáveis como aumento dos teores de sólidos solúveis o que indica a diminuição das atividades respiratórias, bem como a diminuição da acidez total titulável, e comprova a eficiência deste material desde que aliado ao armazenamento com temperatura adequada.