O ingresso em novos espaços e grupos sociais, como a universidade, acaba também por impactar em mudanças no comportamento sexual dos jovens, pois integrar as universidades representa oportunidade de se repensar os conceitos sobre a sexualidade. Na população jovem, os métodos mais utilizados são a pílula oral e o preservativo masculino, isoladamente ou combinados. No entanto, dentre os diversos métodos contraceptivos orais disponíveis, o anticoncepcional de emergência vem apresentando uso crescente entre jovens. No entanto, como o próprio nome remete, o mesmo deve ser empregado de modo ocasional e em situações específicas, já que seu uso freqüente e indiscriminado pode comprometer a eficácia. Em virtude dos referidos riscos, o presente trabalho tem por objetivo avaliar o uso desse medicamento por universitárias. Foi elaborado um questionário buscando verificar o conhecimento preexistente de universitárias das três áreas: Humanas, Saúde e Exatas sobre os mecanismos de ação da pílula de emergência. Para tanto, foram aplicados questionários para 200 alunas e, posteriormente, os dados foram analisados. 53,2% estão matriculadas nos cursos da área de Saúde, 37,5% nos cursos de humanas e 9,3% nos cursos de Exatas. 23% firmaram fazer uso da pílula de emergência, 49% afirmaram não compreender os mecanismos de ação básicos e discentes da área de saúde demostraram deter maior conhecimento sobre este último. Apesar de maiores de idade e cursar nível superior, foi constatado na presente pesquisa, que apenas 21% afirmaram compreender as ações básicas da pílula de emergência no organismo. Os melhores resultados no que concerne aos referidos mecanismos foram observados entre as universitárias dos cursos de saúde. No entanto, tais constatações chamam atenção pelos riscos de uma gravidez não planejada e a grande probabilidade de contrair diversas DST.