O presente artigo tem por objetivo compreender como se dá a experiência de estudantes da rede básica de ensino com o corpo, gênero e sexualidade no processo educacional. Essas são temáticas historicamente situadas e compreendidas, que vão se desenvolvendo por múltiplos mecanismos de vigilância, controle, confissão e curiosidade, com o objetivo de desvendar os prazeres, sentimentos, práticas e comportamentos. Sujeitos que fogem desse esperado, geram passagem e transformação, que vão gerar outros acontecimentos discursivos e ações, como é o caso da maneira como a escola se atravessa por esses temas, que vão interferir no processo de ensino e aprendizagem. Além disso, a escola assume a perspectiva de construir uma sociedade e uma escola mais justas, solidárias, livres de preconceito e discriminação, identificando e enfrentando as dificuldades que temos tido para promover os direitos humanos e, especialmente, problematizar, desestabilizar e subverter a homofobia, corpos e gênero. Nesse sentido, torna-se necessário observar os modos como esses pensamentos são construídos e reconstruídos na posição de normalidade e de diferença que lhes são atribuídos. A abordagem que utilizamos foi a pesquisa qualitativa, em uma escola privada de Parnaíba-PI, para entender como os alunos lidam com essas diferenças biológicas e culturais, e o principal recurso utilizado foram entrevistas, que nos forneceram relatos pessoais de estudantes que já sofreram discriminações e como conseguiram superá-las, e se, de alguma forma, a escola utilizou algum meio de intervenção para lidar com o problema. Diante dos resultados obtidos, foi constatado que a escola ainda não tem um papel influente no processo de desconstruir o preconceito com a diversidade cultural e sexual.