Introdução: o Teste do Reflexo Vermelho (TRV), também conhecido como “Teste do Olhinho”, é um exame que, embora extremamente simples, é capaz de identificar a presença de diversas enfermidades visuais. Várias doenças podem ser triadas por aplicação do TRV, e confirmadas através de diagnóstico diferencial de leucocorias, como a Retinopatia da Prematuridade, o Glaucoma Congênito, a Catarata congênita, o Retinoblastoma entre outras. Através de iniciativas do Ministério da Saúde esse teste vem se firmando, progressivamente, como estratégia de promoção da saúde ocular que requer empenho e participação multiprofissional para a redução da cegueira evitável. Objetivo: analisar a importância do teste do reflexo vermelho como medida preventiva da cegueira infantil, Metodologia: trata-se de uma revisão sistemática, realizada em março de 2014, na base de dados Scielo, utilizando os descritores cegueira, saúde ocular e doenças oculares. Como critérios de inclusão, adotamos artigos publicados na íntegra, escritos na língua portuguesa, entre os anos de 2005 a 2012, utilizando dados sobre o teste do reflexo vermelho. Foram selecionados seis artigos. Resultados: o exame oftalmológico feito em recém-nascidos, ainda na maternidade, não é uma prioridade; na grande maioria os olhos dos recém-nascidos não são adequadamente examinados. As consequências são preocupantes, pois quando as doenças oculares são descobertas tardiamente a criança poderá ter perdido irremediavelmente a visão. O TRV permite um diagnóstico e encaminhamento precoce da criança, propiciando um tratamento efetivo que possibilite o desenvolvimento adequado da visão, tratando-se de um grande aliado quando se trata de medidas de prevenção à cegueira na infância. Esse teste constitui parte do exame físico, é de baixo custo, de simples aplicação e eficiente, indicado preferencialmente nos primeiros dias de vida do bebê. Busca como principal sinal clínico a leucocoria, condição em que a pupila apresenta-se de cor branca. Por esta razão, a importância de programas voltados para a promoção e prevenção da saúde ocular, ainda escassos em países em desenvolvimento, como o Brasil. Além disso, o aparecimento de algumas alterações visuais, especialmente na infância, pode manter estreita relação com as condições socioeconômicas da população. Conclusão: a perda da visão na infância provoca sérios atrasos de desenvolvimento nas atividades de linguagem, na motricidade, na socialização entre outros, podendo evoluir para graves consequências na vida adulta, que agravam-se de acordo com o período do diagnóstico, que quanto mais precoce, maiores são as chances de preveni-las ou tratar os agravos, podendo incluir intervenções de estimulação para auxiliar no processo de desenvolvimento global. Considerando que na maioria dos casos, essa cegueira poderia ser evitada, a prevenção é o melhor caminho. Diante disso, destaca-se que, para prevenir alterações na população infantil, estratégias para a promoção da saúde ocular devem ser direcionadas desde o período gravídico, pré-natal e neonatal.