INTRODUÇÃO: O sujeito do sexo masculino possui um longo histórico de não zelo e/ou cuidado com a própria saúde, isso tem se refletido em uma baixa procura aos serviços de saúde por esse público, o qual só o faz mediante evolução de morbidades que interferem em suas atividades diárias; atitude essa que pode ser vista como descaso/descuido ou preconceito, pode colocar em risco a própria saúde do homem. OBJETIVO: Assim sendo, o presente estudo tem por finalidade analisar os fatores condicionantes e intervenientes no comportamento masculino relativo à sua saúde, bem como a sua procura por serviços dessa natureza. MÉTODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura do tipo qualitativa e exploratória; para tanto, foi realizado um levantamento na base de dados Scielo, empregando os descritores “Saúde” e “Homem”; não foi realizado nenhum corte temporal relacionado aos anos de publicação, utilizou-se como critérios de inclusão: Trabalhos completos, apenas em língua portuguesa, e que abordassem a temática de maneira geral. Foram excluídos os trabalhos que abordavam experiências muito particulares. Ao cabo desse processo resultaram 5 artigos elegíveis, os quais foram submetidos a Análise de Conteúdo segundo Bardin (1977).RESULTADOS: Da análise do material emergiram três categorias temáticas: 1) A Construção de um Estereótipo Masculino; 2) A Crise da Masculinidade e a Saúde do Homem, e; 3) Políticas Públicas voltadas a Saúde do Homem no Brasil. CONCLUSÃO: É perceptível que, os contextos histórico e social influenciam diretamente a construção da identidade masculina, ou seja, o modo como o homem se percebe e é percebido, influenciando diretamente no seu comportamento de saúde, no que diz respeito à utilização dos serviços de saúde, ao tempo que leva para busca-lo, na aceitabilidade de ser avaliado por profissionais do sexo feminino, bem como na adesão a diferentes modalidades de tratamento. Pesa ainda os inconvenientes relativos a horários de funcionamento de alguns serviços que coincide com o horário de trabalho do Homem, a quem historicamente foi designado o papel de mantenedor do lar; dificultando ainda mais o acesso desse sujeito. Desse modo os serviços de saúde precisam rever seus planejamentos e sua forma de abordagem ao usuário, no sentido de readequar a oferta de uma assistência que priorize também o público masculino de maneira mais efetiva.