A promoção de saúde deve valorizar o conhecimento como possibilidade de autonomia, reconhecendo que os cuidados relacionados a higiene oral representam um fator a ser considerado dentro da problematização da saúde bucal desde a idade pré-escolar. Desta forma, este trabalho objetivou avaliar as condições de higiene oral de pré-escolares e os seus conhecimentos sobre saúde bucal, dieta e hábitos de higiene. Foram analisados 82 crianças de seis creches municipais da cidade de Patos – PB. O conhecimento dos pré-escolares foi avaliado por meio de um questionário lúdico e adaptado a realidade local e os níveis de higiene oral foram analisados por meio do Índice de Higiene Oral Simplicado (IHOS). Verificou-se que a maioria das crianças apontou a pasta (84%), a escova (84%), o dentista (70,4%) e o fio dental (66,7%) como elementos amigos do dente e 86,4% afirmaram conhecer o dentista. Em contrapartida, em relação à dieta, menos da metade das crianças associaram os doces tais como chocolate (33,3%), como alimentos prejudiciais aos dentes. A avaliação do IHOS mostrou que 53,1% das crianças apresentaram higiene regular e 24,7% higiene deficiente, revelando que o conhecimento sobre elementos que são amigos do dente nem sempre é convertido em hábitos saudáveis e de higiene bucal adequada, havendo a necessidade de maior integração escola-dentista visando o desenvolvimento do estímulo e autonomia das crianças em relação ao cuidado com a saúde.