A higienização das mãos é reconhecida, mundialmente, como uma medida primária, mas muito importante no controle de infecções relacionadas à assistência à saúde. Por este motivo, tem sido considerada como um dos pilares da prevenção e controle de infecções dentro dos serviços de saúde, incluindo aquelas decorrentes da transmissão cruzada de micro-organismos multirresistentes. As mãos constituem a principal via de transmissão de micro-organismos durante a assistência prestada aos pacientes, pois a pele é um possível reservatório de diversos micro-organismos, que podem se transferir de uma superfície para outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminadas. O bloqueio da contaminação microbiana superficial ocorre a partir de uma higienização correta, onde um sabonete com propriedade antisséptica é capaz de bloquear ação de micro-organismos. Assim, este trabalho consiste em um relato de experiência de docentes e discentes que participam de um projeto de extensão intitulado “PLANTAS MEDICINAIS: OFICINA DE REMÉDIOS/ RDC № 10, DE 9 DE MARÇO DE 2010 / ANVISA na Clínica de Fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba e na Pediatria de um Hospital Filantrópico” do Curso de Graduação em Farmácia pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Campus I,Campina Grande-PB, no período de janeiro 2012 até o presente momento, com a finalidade de mostrar a produção de um sabonete liquido à base de plantas medicinais sendo este utilizado por profissionais de saúde da UEPB. Inicialmente foram selecionadas as plantas medicinais como Anacardium occidentale (Cajueiro), Rosmarinus officinalis (Alecrim) e Stryphnodendrom adstrigens (Barbatimão) por possuírem ação antisséptica, e estarem elencadas na portaria № 10, de 09/03/2010 / ANVISA, isentas de prescrição médica destinada ao consumidor final. A efetividade destas plantas medicinais encontra-se amparada no uso tradicional e na revisão de dados disponíveis em literatura relacionada ao tema. Em seguida, no laboratório de Fitoterapia da Farmácia Escola da UEPB, os sabonetes líquidos foram produzidos seguindo as regras descritas na Farmacopeia Brasileira e no formulário da Farmácia Escola – UEPB; e finalmente foram distribuídos os sabonetes líquidos a base de plantas medicinais, prestando orientações sobre saúde a partir da higienização das mãos analisando a influência de medidas educacionais nas clínicas da UEPB. Dos resultados obtidos percebemos que um trabalho como este possibilita a análise da percepção do profissional de saúde das clínicas da UEPB sobre a influência da higienização das mãos na saúde, adotando medidas educacionais com a distribuição deste sabonete líquido A compreensão do alcance e da importância dessa medida simples, se faz essencial para que a prestação de serviços relacionados à saúde alcance padrões de segurança almejáveis. A redução da incidência de infecções, isoladamente, já constitui argumento irrefutável para adoção de tal medida. Constatamos que para os participantes deste projeto todas essas ações são primordiais e válidas para a consolidação dos conhecimentos necessários para um bom desempenho, incentivando o uso assíduo de sabonetes com a finalidade da redução da carga microbiana.