LUCENA, Maria Tavares De et al.. Uso de psicofármacos na saúde mental. Anais CONACIS... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/5437>. Acesso em: 24/11/2024 20:56
INTRODUÇÃO: Os problemas de saúde mental afetam não somente um segmento limitado e isolado, mas sim a sociedade como um todo. Eles constituem um desafio importante para todos, visto que não existem grupos imunes. Os psicofármacos constituem a principal ferramenta terapêutica para essas condições. Seu uso está se tornando mais preciso à medida que os diagnósticos psiquiátricos ganham objetividade, coerência e confiabilidade. OBJETIVO: Analisar a produção científica acerca do uso de psicofármacos. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica concernente à produção no campo das Ciências da Saúde, relacionados com a temática e disponibilizados em periódicos online da referida área (Scielo, PUBMED e Lilacs), no período compreendido entre 2007 a 2013. Os descritores utilizados foram: psicofármacos, saúde mental e transtornos psiquiatricos. Os critérios de inclusão foram trabalhos disponíveis, que abordassem a temática no Brasil e que pelo menos um dos autores dosse profissional de farmácia. O universo do estudo foi constituído por 12 publicações, no qual proporcionou a aquisição de 12 artigos científicos para composição da amostra da pesquisa, uma vez que atenderam aos critérios previamente estabelecidos. Para compreender a temática investigada, os resultados foram organizados considerando o número de publicações por ano. RESULTADOS: Nas últimas décadas o uso psicofármacos tem crescido consideravelmente. Esse fato é atribuído ao aumento de transtornos mentais na população, produção de novos medicamentos e a utilização já existente para outras indicações terapêuticas. Os medicamentos com eficácia, segurança e qualidade comprovadas, quando utilizados de forma correta, contribuem para o restabelecimento e manutenção para saúde do paciente. Por outro lado, seu consumo elevado e o uso indiscriminado acarretam riscos diretos e indiretos à população, tornando-se um sério problema de saúde pública. Atualmente, existe uma gama de agentes farmacológicos utilizados em saúde mental. Eles podem ser agrupados das mais variadas formas, levando em consideração critérios como estrutura química, efeitos adversos, e ação não-terapêutica, entre outras. De acordo com a pesquisa, os transtornos mais comuns foram: esquizofrenia, depressão, ansiedade, apatia, insônia, convulsão/epilepsia, transtorno bipolar e transtorno distímico. Foram muitas as classes terapêuticas encontradas, variando entre: ansiolíticos – sendo os benzodiazepínicos os mais utilizados dentro dessa classe – seguidos dos antidepressivos, antipsicóticos, anticonvulsivantes, entre outros. CONCLUSÃO: Ainda são escassas as publicações que mencionam o uso de psicofármacos em pacientes que sofrem de transtornos mentais, o que dificulta uma análise mais precisa do perfil de consumo desses medicamentos pela população. Portanto, se faz necessário que os profissionais de saúde e gestores possam, juntos, buscar soluções que possibilite o uso racional dos psicofármacos e, nesta área o farmacêutico pode contribuir de maneira relevante.