O conceito de resiliência, seus usos nas diferentes áreas do conhecimento, como possibilidade de compreender o sujeito nos processos educacionais, é o objeto desse estudo. Pautou-se em uma revisão de literatura apoiada na utilização de mapas conceituais para a compreensão da temática em tela relacionando com as situações cotidianas que envolvem os processos educacionais. Buscou-se compreender o conceito de resiliência no contexto da educação brasileira, delineando uma forma de transpor e/ou aplicar os conceitos resultantes de pesquisas desenvolvidas por diferentes autores, instituições e de outras áreas do conhecimento para o estudo sobre os processos de tornar-se aluno. Realizadas as devidas análises, constataram-se evidências de que as asserções teóricas pudessem contribuir para res-significar as particularidades das diferentes áreas do conhecimento e construir um conceito que permitisse compreender o sujeito em sua singularidade/totalidade. Em seus múltiplos sentidos, resiliência pode ser entendida como um conjunto de variáveis e/ou fatores que auxiliam o sujeito escolar no enfrentamento ou superação de adversidades e vulnerabilidades, contribuindo para o seu empoderamento. Observa-se que cada aluno pode ser levado a apresentar respostas nas interações escolares de acordo com suas vivências e experiências de vida moldando seus processos de tornar-se aluno caracterizando, ainda sua identidade de aluno e de sujeito social. As respostas adaptativas, por sua vez, podem se apresentar através da construção das comunidades de pertencimento que o sujeito possui nos ambientes interacionais em que vive. A capacidade resiliente, de um modo particular, oferece explicações para entender como o aluno para tornar-se aluno encontra formas de superação para as situações de adversidade no cotidiano da escola e da sala de aula.