O câncer é caracterizado por um crescimento autônomo, desordenado e incontrolado de células que ao alcançarem uma certa massa, comprimem, invadem e destroem os tecidos normais vizinhos. Câncer não é uma doença única, mas aproximadamente 200 doenças distintas, cada uma delas com suas próprias causas, história natural e tratamento. A radioterapia é uma forma de tratamento que usa radiações ionizantes, quando a radiação encontra-se a uma distância de 60 a 100 cm do paciente, a forma de tratamento é conhecida como teleterapia. Nessa perspectiva, este trabalho consiste em um relato de experiência de docentes e discentes que participam de um projeto de extensão intitulado “PLANTAS MEDICINAIS: OFICINA DE REMÉDIOS/ RDC № 10, DE 9 DE MARÇO DE 2010 / ANVISA na Clínica de Fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba em um Hospital Filantrópico” do Curso de Graduação em Farmácia pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Campus I, Campina Grande-PB, no período de janeiro 2012 até o presente momento, com a finalidade de mostrar a produção de um óleo à base de plantas medicinais e estes serem utilizados por pacientes no Hospital da FAP (Fundação Assistencial da Paraíba), entidade beneficente sem fins lucrativos, do bairro de Bodocongó, no Município de Campina Grande-PB, no setor oncológico. Inicialmente foram selecionadas as plantas medicinais como Calêndula officinalis (calêndula) por possuir ação em inflamações e lesões e Matricaria recutita (camomila) utilizada como calmante suave, que estão elencadas na portaria № 10, de 09/03/2010 / ANVISA e isentas de prescrição médica destinada ao consumidor final. A efetividade destas plantas medicinais encontra-se amparada no uso tradicional e na revisão de dados disponíveis em literatura relacionada ao tema. Em seguida, no laboratório de Fitoterapia da Farmácia Escola da UEPB, a extração foi feita em óleo de melaleuca com amêndoas, seguindo as regras descritas na Farmacopeia Brasileira. O tratamento de interesse para a aplicação do óleo foi a teleterapia, pois a fonte de radiação é externa ao paciente. É comum nesse tipo de tratamento, que a pele que recobre a área irradiada apresente problemas como: vermelhidão, ardor, prurido, escurecimento da pele e inflamação devido à radiação. Dos resultados obtidos percebemos que um trabalho como este possibilita a compreensão do alcance e da importância da utilização desse óleo por professores, alunos e profissionais de saúde, tendo em vista que se faz necessário uma prestação de serviço eficaz e com o padrão de segurança almejável concomitante ao incentivo do uso de terapia complementar em pacientes, onde será proporcionada uma assistência através da distribuição de um memento com todas as informações necessárias sobre o óleo para os profissionais prescritores, estagiários e usuários. Constatamos que, para os participantes deste projeto, o conhecimento do processo de utilização desse óleo tem significativa importância para a instituição de saúde, visando qualidade no cuidado e no custo assistencial, agregando qualidade de vida a população, também permitindo atender às necessidades de saúde.