INTRODUÇÃO: Os cuidados paliativos são prestados aos pacientes cuja doença não responde a um tratamento curativo e tem o objetivo de alcançar a melhor qualidade de vida para estes e suas famílias. Em pediatria é definido como um programa organizado, voltado para a criança com vida limitada devido a uma doença atualmente incurável, dando suporte tanto no controle dos sintomas quanto apoio psicológico e espiritual tanto do paciente como da família. OBJETIVO: Caracterizar a produção científica sobre cuidados paliativos prestados a crianças com câncer. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo bibliográfico, realizado em outubro de 2013, mediante a leitura de publicações contidas na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde, no período de 2008 a 2012. Para tanto, usou-se os descritores neoplasia, cuidados paliativos e crianças, incluindo teses, dissertações e artigos, foram encontradas cinco publicações, após tendo sido excluídas as que não estavam diretamente ligadas ao tema e/ou publicadas em língua estrangeira. RESULTADOS: Após análise dos trabalhos, observou-se que o objeto de estudo das publicações versou sobre as ações de enfermagem nos cuidados paliativos, levando em conta o atendimento sobre o que esses cuidados representam para crianças com doença oncológica. Os objetivos foram compreender o que esses cuidados representam para a equipe de enfermagem, levando em conta a especificidade da assistência, o processo de morrer para a criança e a família, além de analisar a tensão da equipe frente a esses contexto discutindo as (im)possibilidades da referida equipe. Os estudos fenomenológicos foram predominantes, concentrados na região sudeste, sobretudo no Rio de Janeiro. As principais conclusões dos trabalhos evidenciaram que a equipe de enfermagem tem dificuldade em lidar com a morte da criança e assim estabelece estratégias de enfrentamento, a mesma identifica bem os estágios da morte, porém não entende o significado de cada etapa. Além do que o cuidado realizado pela equipe deve estar voltado para as demandas biopsicossociais da criança e de sua família no momento e daí o enfermeiro deve buscar alternativas que possibilitem uma assistência voltada para o ser humano-criança, com ações voltadas para o conforto e restabelecimento das forças. CONCLUSÃO: A equipe de enfermagem ainda se mostra vulnerável as repercussões emocionais que a morte do ser cuidado trás, porém se mostra disposta a suprir as demandas e os problemas que vierem a aparecer dando um suporte inegavelmente precioso para o enfrentamento e aceitação do câncer infantil.