Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS) necessita superar alguns desafios, entre os quais a promoção do uso racional de medicamentos, que também é uma das diretrizes da Política Nacional de Medicamentos. O número de estudos de utilização de medicamentos em crianças tem sido relativamente pequeno, quando comparado com os realizados em outras populações. Objetivo: Este artigo tem a finalidade de identificar os medicamentos, que causaram maior índice de reações adversas, na ala pediátrica do hospital Fundação Assistencial da Paraíba (FAP)-Campina Grande, no período de 5 anos. Método: O estudo é descritivo e exploratório de caráter transversal com abordagens quantitativas de busca ativa em prontuários e entrevistas através de questionários aplicados aos acompanhantes. A amostra é constituída de pacientes que necessitaram de cuidados médicos, internados na ala pediátrica na faixa etária de 0 (zero)/recém-nascidos (RN) a 13 (treze) anos. Resultados: Foram atendidos 42 pacientes os quais relataram queixas de reações adversas a medicamentos. A maioria sendo do gênero feminino tendo idade media de 7 anos com período médio de internamento de 6,65 dias utilizando em média 4 medicamentos. Foram prescritos 168 medicamentos destes 35 medicamentos causaram 73 RAMs, a dipirona foi o medicamento mais prescrito, seguida pela ampicilina e ceftriaxona. A RAM mais frequente foi a diarreia seguida por vômito e prurido. Por não serem persistentes 65% das RAMs não necessitaram de tratamento, quando necessárias a condutas adotadas pela equipe de saúde foram a suspensão do medicamento em maioria e o tratamento da RAM. Em 75% dos casos as crianças se recuperaram da RAM. Conclusão: Apesar dos numerosos casos de reações adversas não foi relatado ocorrência de reações irreversíveis. Assim foi possível traçar o perfil do paciente e da clinica para melhor resolução das patologias e melhor assistência aos pacientes e cuidadores através da farmácia clinica.