Artigo Anais CONACIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-0186

USO DE BASE INSTÁVEL EM EXERCÍCIO DE FORÇA: IMPLICAÇÕES NA PERFORMANCE

Palavra-chaves: TREINAMENTO FUNCIONAL, BASE INSTÁVEL, PRESCRIÇÃO Tema Livre (TL) Educação Física e Esportes
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Publicado em 09 de abril de 2014

Resumo

No Treinamento Funcional (TF) incluir bases instáveis ou atividades que desafiam o equilíbrio faz parte das estratégias metodológicas. A instabilidade exige uma ampla e constante interação dos sistemas sensoriais e sistema motor, permitindo exercitar o controle neuromuscular. Contudo, a instabilidade pode interferir em outras variáveis do treinamento e modificar a prescrição do treinamento. Neste estudo descritivo-correlacional experimental, o objetivo foi analisar a influência da utilização do Balance Cushion no número de repetições máximas (RMáx) e cargas máximas (CMáx) utilizadas no exercício "agachamento ântero-posterior". A amostra de 12 sujeitos (homens) com média de idade de 27 anos (DP = 3,35), praticantes de treinamento resistido e não praticantes de treinamento funcional, foi avaliada nas quintas (Dia 1), sábados (Dia 2) e domingos (Dia 3), após duas semanas para vivenciar o teste de referência (Teste de Repetições Máximas/TRM com protocolo crescente) e o agachamento com o Balance Cushion. Os valores de referência utilizados foram a Cmáx para realizar de 12 a 15 Rmáx, no exercício realizado com os dois pés apoiados no chão, obtidos no Dia 1, com o TRM. A aplicação da base instável foi nas mesmas condições de exercício do Dia 1, mas sob o pé da frente. Todos os sujeitos colocaram à frente sua perna referida como membro dominante. No Dia 1 foi feito teste de repetições máximas; após 48 horas, no Dia 2 de coleta, com a carga de referência, utilizou-se o Balance Cushion para descobrir as RMáx possíveis com instabilidade. Após 24h, no Dia 3, utilizou-se as Rmáx de referência e 70% da carga de referência na bases instável para descobrir as CMáx possíveis. Foram coletados ainda dados de idade, peso e estatura auto-referidos para caracterização da amostra. Utilizou-se o teste não paramétrico de Wilcoxon Signed Ranks para avaliar a significância dos diferentes resultados. Observou-se que tanto o número de RMáx como CMáx diminuíram (p<0,05) quando utilizado o Balance Cushion. Os sujeitos tiveram que diminuir cerca de 80% menos repetições e utilizaram 68% da carga alcançada no teste de referência: realizaram-se em média 03 repetições do exercício, com média de 13 kg (Dia 1 = 15 repetições e 40,8 kg). Acredita-se que isto ocorra porque a utilização de bases instáveis proporciona oscilação da posição do centro de gravidade, provocando desequilíbrio constante em diferentes planos e direções, assim exigindo do praticante constante atenção para o controle postural. Sendo a atenção também uma demanda neural, pode estar diminuindo as possibilidades do executante processar e comandar plenamente a resposta motora do movimento. Portanto, usar o Balance Cushion alterou - negativamente - os valores em ambas as variáveis estudadas (RMáx e CMáx). Confirmou-se, pois, a hipótese de que a mudança de abordagem (inserir base instável) interfere no número máximo de repetições alcançado e na carga máxima possível, devendo esta condição ser inserida com ressalvas na prescrição de atividades de TF.

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