DIANTE DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO EXPERIENCIADAS PELAS PROFESSORAS E PROFESSORES AO LONGO DA HISTÓRIA DA PROFISSÃO, QUE SOFREM O IMPACTO DA REFORMA EDUCACIONAL INICIADA NA DÉCADA DE 1990 ATÉ HOJE, BEM COMO DAS REFORMAS TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA APÓS O GOLPE DE 2016, VÊ-SE A CRESCENTE PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE. EM 2020, COM A ECLOSÃO DA PANDEMIA DA COVID-19, PARECE HAVER UMA ATUALIZAÇÃO DESSA PRECARIZAÇÃO BEM COMO DA INTENSIFICAÇÃO DO TRABALHO. ADMITINDO QUE O TRABALHO PODE DISPOR TANTO DE ASPECTOS ADOECEDORES COMO PROMOTORES DE SAÚDE, O PRESENTE TRABALHO TEVE O OBJETIVO DE IDENTIFICAR TAIS ASPECTOS NO TRABALHO DE DOCENTES DO ENSINO FUNDAMENTAL DE DUAS ESCOLAS DA REDE PÚBLICA DE UM MUNICÍPIO DO CEARÁ. TRATOU-SE DE UMA PESQUISA QUALI-QUANTITATIVA DESCRITIVA DESENVOLVIDA A PARTIR DA APLICAÇÃO DE UM QUESTIONÁRIO INSPIRADO NOS QUESTIONÁRIOS DE CONDIÇÕES DE TRABALHO E DE BEM-ESTAR NO TRABALHO COM 41 DOCENTES E DA REALIZAÇÃO DE DOIS GRUPOS FOCAIS COM 16 PARTICIPANTES NO TOTAL. OS DADOS QUALITATIVOS FORAM ANALISADOS A PARTIR DA ANÁLISE DE CONTEÚDO E OS QUANTITATIVOS FORAM TRATADOS NO PROGRAMA STATA/SE 15.1. COMPREENDEU-SE PELOS RESULTADOS ENCONTRADOS QUE OS ASPECTOS SOCIAIS DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO COMO O RESPEITO E O RECONHECIMENTO NO TRABALHO IMPACTAM NA PRODUÇÃO DE SAÚDE E DE BEM-ESTAR PSICOSSOCIAL, PRINCIPALMENTE NO QUE TANGE A PERCEPÇÃO DAS DOCENTES SOBRE SUAS COMPETÊNCIAS. POR OUTRO LADO, OS ASPECTOS QUE ENVOLVEM A REGULAÇÃO E A MATERIALIDADE DO TRABALHO, SOBRETUDO NO PERÍODO PANDÊMICO, APONTAM PARA UMA RELAÇÃO COM OS SINTOMAS E EFEITOS COLATERAIS APRESENTADOS PELAS DOCENTES, ESPECIALMENTE NO ÂMBITO DO DESGASTE. VÊ-SE A NECESSIDADE DA PRODUÇÃO E FORTALECIMENTO DE ESTRATÉGIAS COLETIVAS E DE POLÍTICAS DE SAÚDE QUE TENHAM EFEITOS A NÍVEL LOCAL E DE FORMA INTERSETORIAL.