INTRODUÇÃO: ESTUDOS APONTAM QUE MULHERES QUE FAZEM SEXO COM MULHERES (MSM) APRESENTAM VULNERABILIDADES ÀS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E AIDS, DE ORDEM INDIVIDUAL, SOCIAL E PROGRAMÁTICA, DECORRENTE DE FATORES BIOLÓGICOS, SOCIAIS, ECONÔMICOS, CULTURAIS E QUESTÕES DE GÊNERO, COMUNS A TODAS AS MULHERES, BEM COMO BAIXA PERCEPÇÃO DE RISCO EM RELAÇÃO A ESSAS INFECÇÕES. ENTRETANTO, MSM REALIZAM MENOS EXAMES DE ROTINA E DE PREVENÇÃO, PRINCIPALMENTE OS GINECOLÓGICOS, E ENCONTRAM DIFICULDADES NO RELACIONAMENTO COM PROFISSIONAL DE SAÚDE, UMA VEZ QUE A CULTURA DA HETERONORMATIVIDADE SE SOBREPÕE ÀS NECESSIDADES ESPECÍFICAS DESSE GRUPO. OBJETIVO: COMPARAR O PERFIL DE VULNERABILIDADE DE MSM E DE MULHERES QUE FAZEM SEXO EXCLUSIVAMENTE COM HOMENS (MSH). MÉTODO: ESTUDO TRANSVERSAL, DESENVOLVIDO NO ESTADO DE SÃO PAULO. A AMOSTRA INTENCIONAL, FOI CONSTITUÍDA POR 260 MULHERES (81 MSM E 179 MSH). OS DADOS FORAM OBTIDOS DE MAIO DE 2019 A NOVEMBRO DE 2020, POR MEIO DE FORMULÁRIO COM QUESTÕES RELATIVAS ÀS VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS E DO INSTRUMENTO ALCOHOL USE DISORDER IDENTIFICATION TEST (AUDIT). O PROJETO DE PESQUISA RECEBEU PARECER FAVORÁVEL SOB N° 3.320.951. RESULTADOS: FORAM OBSERVADAS DIFERENÇAS ENTRE OS GRUPOS, SENDO QUE MAIOR PROPORÇÃO DE MSM FAZIA USO DE TABACO (54,3% VS 26,2% ; P=0,000), DE DROGAS ILÍCITAS NOS ÚLTIMOS 12 MESES (56,8% VS 33,5%; P=0,000), USO ABUSIVO DE ÁLCOOL (54,3% VS 36,9%; P=0,008), USO DE ACESSÓRIOS SEXUAIS (33,3% VS 10,1%; P=<0,001), BEM COMO TINHA REALIZADO MENOS CONSULTA GINECOLÓGICA NO ÚLTIMO ANO (53,1% VS 68,2%; P=0,019), RETIRADO MENOS DÚVIDAS E RECEBIDO MENOS INFORMAÇÃO SOBRE IST NOS SERVIÇOS DE SAÚDE (43,2% VS 62,6%; P=0,005 E 40,7% VS 60,8%; P=0,003), RESPECTIVAMENTE. EM CONTRAPARTIDA FAZIAM MENOS USO CONSISTENTE DE PRESERVATIVOS QUE AS MSH (4,0% VS 22,3%; P=0,000). CONCLUSÃO: MSM APRESENTAM MAIOR PERFIL DE VULNERABILIDADE QUE MSH, SENDO NECESSÁRIO EFETIVAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA ESTE GRUPO, A FIM DE REDUZIR SUAS VULNERABILIDADES.