NO BRASIL, A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA APOIA-SE NAS NOTIFICAÇÕES DE DOENÇAS CLASSIFICADAS COMO DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA PARA O MONITORAMENTO DE EPIDEMIAS E AGRAVOS À SAÚDE. A QUALIDADE DESSAS INFORMAÇÕES ASSEGURAM O MONITORAMENTO, PLANEJAMENTO E TOMADA DE AÇÕES DE INTERVENÇÃO EFETIVA. FRENTE AO EXPOSTO, O PRESENTE TRABALHO TEM POR OBJETIVO ANALISAR A INTEGRIDADE DAS FICHAS DE NOTIFICAÇÃO DE SÍFILIS EM GESTANTE DE UM MUNICÍPIO DE MÉDIO PORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO. TRATA-SE DE UM ESTUDO TRANSVERSAL, COM DADOS SECUNDÁRIOS OBTIDOS A PARTIR DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN) NO PERÍODO DE 2013 A 2017. O PREENCHIMENTO OBRIGATÓRIO DOS CAMPOS-CHAVE, CAMPOS OBRIGATÓRIOS E ESSENCIAIS FOI ANALISADA A PARTIR DA QUANTIDADE DE INFORMAÇÕES EM BRANCO E/OU IGNORADAS. ADOTOU-SE O SISTEMA DE ESCORES PROPOSTO POR ROMERO E CUNHA (2006), QUE CLASSIFICA A QUALIDADE DO PREENCHIMENTO EM EXCELENTE, BOM, REGULAR, RUIM E MUITO RUIM. A ANÁLISE DOS CAMPO-CHAVE DEMONSTROU PRESENÇA DE ESCORE DE QUALIDADE EXCELENTE (100%). GRANDE PARTE DOS CAMPOS CLASSIFICADOS COMO OBRIGATÓRIOS APRESENTARAM-SE COMPLETOS, COM EXCEÇÃO DA VARIÁVEL “TESTE NÃO TREPONÊMICO NO PRÉ-NATAL”, COM ESCORE REGULAR (18,1% DE INFORMAÇÕES EM BRANCO/IGNORADAS). DENTRE OS CAMPOS ESSENCIAIS, OS ESCORES RUIM OU MUITO RUIM FORAM EVIDENCIADOS ENTRE AS VARIÁVEIS COR DA PELE (20,7%), CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA (46,6%), ESCOLARIDADE (54,9%), OCUPAÇÃO (65,8%) E UNIDADE DE REALIZAÇÃO DO PRÉ-NATAL (82,9%). CONCLUI-SE QUE A COMPLETUDE DOS CAMPOS OBRIGATÓRIOS E ESSENCIAIS APRESENTOU VARIAÇÕES. EVIDENCIOU-SE A FALTA DE INFORMAÇÕES QUE CONTRIBUEM PARA A IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE SÍFILIS EM GESTANTE E, CONSEQUENTEMENTE, DA AVALIAÇÃO DO AGRAVO NO MUNICÍPIO. RESSALTA-SE A IMPORTÂNCIA DE AÇÕES DE EDUCAÇÃO PERMANENTE VOLTADAS AOS PROFISSIONAIS, DE FORMA A GARANTIR OS REGISTROS DE QUALIDADE, QUE SUSTENTEM OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E, CONSEQUENTEMENTE, A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA LOCAL.