O professor precisa estar preparado para enfrentar as mais diversas situações em sala de aula, assim como para os diferentes perfis de alunos. A formação inicial funciona como base tanto de conhecimentos teóricos, como de práticas para a atuação docente. Porém, a busca por aperfeiçoamento e novas perspectivas de ensino para alcançar os mais diferentes perfis de alunos, como discentes com deficiência, deve ser um dos focos do professor após a formação acadêmica. A partir disso, esse estudo desenvolveu uma oficina pedagógica sobre o desenvolvimento de materiais didáticos e paradidáticos para discentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com o objetivo de avaliar a efetividade dessa aplicação prática na formação de docentes em um curso da graduação de Química - Licenciatura, de uma Universidade Federal do sul do Brasil. Assim, foi sistematizada a partir de três dimensões básicas: sensibilização, aprofundamento e compromisso, apresentado e posteriormente aprofundado o tema específico e assim, posteriormente propostas a elaboração de materiais paradidáticos, para compromisso coletivo diante da oficina desenvolvida, respectivamente. As análises acerca dos resultados da oficina pedagógica e materiais elaborados foram executadas a partir da Análise de Conteúdo proposta por Bardin (2004). Após a análise e categorização de todos os trabalhos desenvolvidos, foi clara a importância e a relevância da oficina pedagógica, na perspectiva acadêmica e social na formação dos alunos, obtendo, na maioria dos trabalhos, materiais bem elaborados, com fundamentações claras e sucintas, que se aplicados à alunos com TEA, seriam possivelmente associados à potencialização do processo de aprendizagem no Ensino de Química, sendo efetivos como materiais paradidáticos.