O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas - IFAM, Campus Humaitá, tem recepcionado, expressivamente, alunas e alunos indígenas, aprovados em seus processos seletivos. Nos cursos técnicos de nível médio, na forma integrada, nas aulas de língua inglesa, os discursos do público indígena têm gerado profícuas discussões no âmbito do processo de ensino-aprendizagem de línguas. Esse cenário tem nos instigado a levar essas discussões para a comunidade indígena Tenharim, na Aldeia Marmelo, no Sul do Estado do Amazonas. Nesse contexto, municiadas nos pressupostos da Linguística Aplicada (MOITA LOPES, 2006), e sobretudo com base em estudos sobre língua materna e língua estrangeira (CORACINI, 2003), o presente trabalho tem o objetivo de discutir os resultados de uma interação realizada junto à comunidade escolar do Ensino Fundamental II, da Aldeia Marmelo, do/ povo indígena Tenharim. Para tanto, a partir de um recorte que se pretende dos resultados do projeto de pesquisa intitulado: “Práticas sociais de língua inglesa nas comunidades indígenas do município de Humaitá: Um estudo sobre a relação entre letramentos e linguagem em contexto de (pós) pandemia”, o intento é problematizar os discursos dos professores indígenas emergidos dos diálogos sobre o processo de ensino-aprendizagem de línguas no âmbito da comunidade escolar da Aldeia Marmelo, considerando os anseios, as facilidades, as dificuldades, bem como a significância dos estudos de línguas materna e estrangeira para o povo Tenharim.