ALVES, Gislene De Araújo. Memórias escolares de pessoas com deficiência visual. Anais IX CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2023. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/96617>. Acesso em: 22/11/2024 20:09
Este artigo tem por objetivo apresentar as análises das narrativas e memórias (auto)formativas que pessoas com deficiência visual (re)significaram ao longo de suas vidas (pessoal e profissional). As narrativas foram coletadas através de entrevista estruturada e participaram do estudo cinco pessoas com deficiência visual. As narrativas foram analisadas a partir da Teoria da Autodeterminação (RYAN; DECI, 1982) e a perspectiva sócio interacional dos discursos seguindo as categorias estrutural laboviana(LABOV, 1972) que apresentamos no Esquema de organização das narrativas autobiográficas de acordo com LABOV (1972). Conclui-se que através da identificação das narrativas segundo as categorias estruturais de Labov (1972) observamos a existência de quatro categorias dominantes: a família, a escola, a deficiência e a profissão. Conclui-se que a pessoa com deficiência possui diversos fatores motivacionais com vistas à superação dos desafios enfrentados ao longo da vida escolar/acadêmica e profissional, sendo a família a principal fonte de apoio de manutenção das motivações e sentidos de autonomia e competência; depois, surge o ambiente escolar como ambiente provedor do sentido de pertencimento e da ampliação dos vínculos sociais, seguido da vida acadêmica em nível superior, trazendo os desafios de acessibilidade e de adaptação que auxiliaram no desenvolvimento de estratégias para a manutenção da motivação do sujeito em relação a si mesmo e ao curso.