A química é uma ciência que nasce de observações e desenvolve-se ou confirma-se através de experimentos. O ensino puramente teórico da química, muitas vezes não permite ao aprendiz a total absorção dos conhecimentos, por se tratar de uma disciplina muito abstrata, de difícil visualização. Neste sentido, torna-se bastante desafiador para os professores de química encontrar maneiras de tornar o conteúdo mais compreensível aos estudantes. Nos últimos anos, os professores têm se deparado com outras situações desafiadoras, como a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino. O TEA (Transtorno do Espectro Autista), popularmente conhecido como autismo, são distúrbios neurológicos que causam problemas no desenvolvimento da linguagem, na comunicação, na interação e nas relações sociais. O objetivo era proporcionar uma aula experimental sobre propriedades coligativas, que auxiliasse na consolidação do tema já abordado em aula teórica, além de promover a socialização e absorção de conhecimento químico por parte do estudante autista. Foi ministrada uma aula experimental sobre o tema propriedades coligativas em uma turma do segundo ano do curso técnico em Agroecologia do Instituto Federal do Paraná, Campus Irati, durante uma atividade do programa Residência Pedagógica. Foram aquecidas duas soluções ao mesmo tempo, sendo uma de cloreto de sódio e outra de sacarose, e também uma contendo somente água. Ficou claro que a presença de solutos nesses experimentos resultou em diminuições nos pontos de ebulição das soluções em relação à água pura. Houve participação de todos os estudantes, compreensão dos fenômenos e interação social do estudante TEA