O brincar possui significados que são entrelaçados às perspectivas históricas e culturais envolvendo as relações de gênero, sendo, portanto, Educação Infantil um espaço que corrobora com pedagogias culturais que (re)produz e ensina modos de ser e de agir para as crianças. Este recorte é derivado da dissertação de mestrado intitulada: “O brincar e as relações de gênero e sexualidade na Educação Infantil”, tendo como objetivo: compreender as concepções das crianças sobre gênero e sexualidade a partir do brincar no contexto da Educação Infantil. Esta pesquisa está localizada no campo dos Estudos Culturais da Educação. Estruturada teoricamente em eixos temáticos, fundamentado em diversos(as) autores(as), dentre eles: Kuhlmann (1998), Didonet (2001), Demartini (2009; 2020), Kramer (2006), Kishimoto (2000; 2011), Brougère (2010; 2019) Wajskop (2012), Corsaro (2003; 2009; 2011), Giroux (1994;2001;2013); Steinberg; Kincheloe (2001), Gênero e Louro (1997; 2000; 2007; 2014; 2019), Felipe (2003; 2004; 2006), Meyer (2013), Finco (2003; 2007; 2010) entre outros(as). A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa, seus participantes foram crianças de uma turma da Educação Infantil. A abordagem metodológica, tratou-se de um estudo qualitativo, por meio da pesquisa participante. Os instrumentos para a geração de dados a observação participante e oficinas pedagógicas. Para a sistematização dos dados gerados, utilizamos a análise por Núcleos de Significação. Os dados apontam que por meio do brincar as crianças pelos múltiplos artefatos contidos nos brinquedos e brincadeiras que contribuem com a (re)produção práticas machistas e sexistas. No entanto, apontam novos modos de ser e agir que rompendo com estas práticas no contexto da Educação Infantil.